30.11.02

On the day before Christmas, at noon, local time, all over the world, Deibert wants citizens to "shoot back" at surveillance cameras -- not with guns, but with cameras of their own. Participants are to head out, in disguise, to their favorite malls and public spaces, and photograph all the security cameras they find.
Eye Candy: Alternity - The Best Way to View the Past is to Invent it

29.11.02

Um software que transforma textos em gráficos, criados a partir de diversas relações entre as palavras da obra.

28.11.02

Realmente, esse negócio de cartas de rejeição é complicado. Mas, como nos foras, é sempre melhor dar que tomar.
Complementando: em longas conversas com meu parceiro no crime, Antonio Eder, comparamos as histórias em quadrinhos com várias outras mídias, mas não achamos nada que se aproximasse mais da linguagem dos gibis que a poesia concreta, que não só utiliza palavras para comunicar com seus sons e sentidos, mas também com suas formas e disposição no espaço da página.
Dia de Gibi Novo: A Paixão do Arlequim

Quem vem neste blog com alguma freqüência já deve ter percebido que tenho uma relaçao estranha com os trabalhos de Neil Gaiman. Se, por um lado, gosto muito das coisas mais antigas - e da maioria dos contos - dele, o material mais recente parece coisa de um autor preso no próprio sucesso. Deuses Americanos - com um roteiro que parece reaproveitado de Sandman é prova disso.

Uma das coisa mais interessantes escritas por ele é Mr Punch, uma história em quadrinhos ilustrada por Dave McKean que conta uma história com a estrela do teatro de bonecos. Ali está o Gaiman que merece fama: alguém que pega histórias tradicionaisas, examina com seus olhos pós-modernos e as apresenta com novos elementos e de uma nova forma para seus leitores. A Paixão do Arlequim parecia esse tipo de coisa e - também por conta das ilustrações de John Bolton - resolvi arriscar os dez contos.

Valeu a pena.

A história - que obviamente envolve um Arlequim apaixonado -e é uma graça, sendo romântica sem ser adocicada ou óbvia. A prosa é boa (e em uma boa tradução) e a arte idem. P único porém dessa edição são as notas de rodapé, que são um pouco mais que o necessário. Compensando, os perfis - totalmente falsos - dos autores são divertidíssimos.

Se eu fosse cafajeste, ia comprar uma pilha para dar de presente pras mina por aí. Fica a sugestão.

27.11.02

Esse mundo às vezes é muito chato. Raios Cósmicos existem de verdade, mas não criam super-heróis: só fazem os astronautas mariquinhas terem mais chances de desenvolverem câncer.
Os agentes inteligentes não são tão inteligentes assim, são? (Roubado do Mojo, que roubou de alguém que roubou do Slashdot)

26.11.02

To those on the inside, of course, nothing is funnier than an inside joke. But the real significance of inside jokes is what they mean for those who aren't on the inside. Laughing at a joke creates an incentive to join the joke-teller. But not laughing?not getting the joke?creates an even greater incentive. We all want to know what we're missing, and this is one of the ways that revolutions spread from the small groups that spawn them.
Uma análise interessante, mas breve das políticas públicas de informática desde a reserva de mercado até hoje.

25.11.02

Quem pode mais? A marinha americana ou as gravadoras? É impressão minha, os as corporações de entretenimento querem transformar práticas socialmente aceitas - e razoáveis de monte - em um crime, sem muita discussão?
É preciso ser corajoso - ou muito pretensioso - para condenar a literatura de entretenimento. Como já provei da literatura do sujeito, fico com "corajoso".
Dia de Livro Novo

Por pura falta de juízo, fui visitar o Lugar Mais Perigoso da Terra: um sebo bem estocado. Usando toda minha força de vontade, saí de lá com apenas três livros. Claro que tinha separado mais um outro tanto desses, mas resisti bravamente (até por não ser a melhor hora de completar minha coleção de Raymond Chandler).

Dois dos livros são do ninja Umberto Eco: A Obra Aberta (que se relaciona estreitamente com o Interpretação e Superinterpretação, que estou lendo agora) e A Ilha do Dia Anterior (terceiro romance do sujeito).

O outro foi Short Cuts, contos do Raymond Carver que Altman usou para fazer o filme do mesmo nome.

Tirando Obra Averta, não encontrei nada que estivesse procurando. Nada de Enquanto Agonizo, Michael Chabon, No Logo... Mas era querer muito, mesmo.
Umberto Eco - O Grande Mestre Ninja - ensina a interpretar os classificados de pessoas desesperadas no jornal.
Um filme que examina a relação dos jovens com as tecnologias de comunicação, baseado na idéia de um moleque de quinze anos sobre o que deveria acontecer com seu cadáver. Eu preciso ver Necrocam.

(Se você não é cadastrado no New York Times, use leituras como usuário e dodia como senha.)
A segunda parte da excelente hq Nowhere Girl está no ar. Gostando ou não de quadrinhos, vocÊ tem que experimentar. Principalmente pelo preço.

24.11.02

A Microsoft está desenvolvendo um sistema que organizará e-mail, fotos, músicas e vídeos pertencentes a uma pessoa em um banco de dados. A idéia - um remix do Memex - está sendo vendida como uma reprodução (ou auxílio a) da memória.

Pensar a memória como um simples depósito de informações é de uma simplificação tremenda. Se esquecemos, distorcemos e editamos, é por haver um propósito (sei lá se neurológico ou psicológio) implícito e estruturante. A hierarquização das informações - feita de modo mais ou menos aleatório - é fundamental para que nossas memórias sejam memórias.

Um arquivo de tudo é útil? Sim, muito. Mas o quanto ele diz sobre a subjetividade do mantenedor?
Enquanto isso, em outros blogs

Em primeiro lugar a Vodka é uma mulher elegante. Mulher elegante é aquela que quando gira na sala para você admirar você sabe que estará igualmente linda na volta para casa. Mulher elegante é aquela que para a maioria dos homens é gelada, mas desce quente com aquele que ela escolheu. Mulher elegante é aquela que deixa gosto só na tua boca e não para todos os outros saberem por onde andou. Mulher elegante é aquela que ri baixinho quando põe açúcar na fruta da sobremesa já que é magra e pode. Mulher elegante é aquela que quando sabe que é hora de ir embora, deixa você tomar uma cervejinha para refrescar a boca e sabe que você vai acordar bem.
Sobre a caipirinha de vodka, no 168 horas

Ah, de duas coisas não abro mão nesta vida. Da cervejinha e da praia no feriadão. Ah, mas pode chover salame fatiado que disso não abro mão. Você já viu as propagandas de cervejas? Porra, só os amigos chegados, futiba e umas puta mina gostosa dando mole. Isso é cerveja!
Zeitgeist, sobre seu amor aos finais de semana na praia.

Ou seja, quem lia muito as novelas de cavalaria podia ficar alucinado, condenado, doente mental. Essa triste notícia foi largamente difundida pelo mundo, que andava já bem ampliado, e arrastou-se pelos continentes ao longo dos séculos. Culminou com minha avó, agora, no século XXI, me dizendo, com uma expressão muito séria, que era pra eu parar de ler demais, caso contrário, poderia acabar louca, além de encalhada. (Além de a leitura fazer mal, uma mulher lendo causa ainda mais estragos, sacaram o fator sexismo?)
A leitura enquanto manga com leite, no Estante de livros on-line.

23.11.02

My father wants me to go to college. Why the hell do I need to go to college? If I have a husband taking care of me, I don't need to do that stuff, Dad.
Eu leio esse tipo de coisa e só fico indeciso entre duas reações: rir, achando que é uma piada e ficar com muito medo dessa mulher.

Senhoras, o feminismo triunfou!

22.11.02

Several companies in New York are attempting to use digital moviemaking tools to produce a steady stream of low-budget, profitable and arty feature films. In at least two cases -- Independent Digital Entertainment (or InDigEnt) and Blow Up Pictures -- the plan seems to be working.
Quem negaria uma entrevista pra Jay Leno e David Letterman para falar na revista de uma universidade? Alguém que sabe exatamente o que está fazendo, como Ellen Feiss, a "maconheira" do propaganda da Apple.
Ficção, docimentário, biografia, jornalismo, poesia... De uma ou outra forma, tudo isso tem uma relação com a Verdade. Mas quais os limites entre uma coisa e outra? O escritor inglês Timothy Garton Ash fez um texto muito interessante - e bonito - a respeito.
Tem coisas que só a Internet faz por você

VocÊ coloca o endereço de um blog de links e - baseado neles - esse site dá uma lista de outros que podem interessar você. Fantástico!
Dos dez stunts mais legais de todos os tempos, três apareceram em filmes de James Bond. Mais uma prova que 007 é o que há. Mas todo mundo já sabia disso.

21.11.02

As pessoas chegaram aqui procurando:
blogchalk salvador female blogspot; sistemas de comentarios para blog; ossuário jesus; dia das bruxas; ouija como jogar; mensagens-dia do diretor; as bruxas de salem filme comentário; mensagens Dia do Músico; obsessão em emagrecer; leitura e escrita; warren ellis; alan moore a voz do fogo; Dogfuckers; desenhos sobre retardamento mental; glosado; pilha de daniel; winona ryder; Tudo sobre a vida de Kevin Mitnick; contos de ficção; Authority HQ; bey blade brasileira; resenha a hora da estrela; histórias urbanas; gibi; blog quadrinhos; Jan alyne; MISTERIOSA CRIATURA DIMINUTA CAUSA CONMOCIoO EN CHILE; foto do dinheiro do iraq; A jury of her peers; desenhos de placas de transito; desenhos de gatos; para gostar de ler volume 21
Eu entendo o prazer de ler os livros e de juntá-los, formando aos poucos uma biblioteca. Mas não consigo deixar de achar a graça de correr atrás de primeiras edições uma prática um tanto infantil. Em vez de livros, podiam ser figurinhas ou latinhas de refrigerante.

Já colecionei selos, quadrinhos e tranqueiras diversas, mas passou. Hoje - por problemas de espaço e simples falta de paciência - vou me livrando de tudo que acho que não vou mais ler ou precisar.
Can Christians Play D&D? Author Says No!
Eu costumo questionar a sabedoria desses fundamentalistas, mas sou obrigado a concordar nesse caso. Cristãos não devem jogar D&D. Nem judeus. Ou budistas, satanistas, mulçumanos, taoístas, ateus... Aquele jogo é uma merda.
A Salon agora tem uma coluna sobre quadrinhos. A de estréia trata de Daniel Clowes e Adrian Tomine.

20.11.02

Though it's true that the superhero genre seemingly dominates the comic book industry, there is a quite vocal and strong fan base for more grounded, "real world" comic books and with this in mind, CBR News spoke with three of the most popular writers in that field: Andi Watson ("Slow News Day"), Chuck Austen ("The Call Of Duty") and Terry Moore ("Strangers in Paradise").
Os advogados de J K Rowling - autora dos Harry Potter - forçaram uma editora a recolher um livro sobre o fenômeno que é a série. Isso porque Rowling não gostou da capa, que parece muito com a dos romances.
Ontem comecei Interpretação e Superinterpretação (Umberto Eco) e Hai-kais (Millôr Ferdandes).

Não sei qual dos dois estou gostando mais, mas os kai-kais são mais complicados: tenho uma dificuldade imensa em ler poesia. Leio no mesmo ritmo da prosa e acabo não aproveitando como deveria. Estou tentando ler esse no ritmo certo.

19.11.02

In short, 007 has spent the better part of four decades ridding the earth of wealthy homicidal maniacs (and often stealing their women in the process). Who better, then, to send after Osama, the scion of a construction magnate?
A Triple A é uma coluna do Ninth Art na qual três editores discutem um assunto qualquer relacionado às hqs. Nessa edição, o tema é Grant Morrison.
Mais uma vez estou reduzindo meu volume de livros e quadrinhos. Agora, os escolhidos para partirem são:

- The Filth (nova série de Grant Morrison) 1 a 3
R$ 25.00

- X-Statix (Peter Milligan e Mike Allred - o título que substitui X-Force) 1 a 4
R$ 30.00

- Acme Novelty Library (Cris Ware) 1 a 4
R$40.00

- Miracleman: The Golden Age (Neil Gaiman e Mark Buckingham)
R$80.00

- Pano Cru (Pedro Brito)
R$15.00

- Visitations: A Graphic Novella (C. S. Morse)
R$15.00

- Justice League Secret Files Trade Paperback (Diversos autores)
R$15.00

- Máquina de Pinball (Clarah Averbuck)
R$15.00

- A Jornada do Escritor (Christopher Vogler)
R$25.00

- Caçando Carneiros (Haruki Murakami)
R$20.00

Tenho interesses nos seguintes itens, se alguém quiser trocar:
- Lector in Fabula (Umberto Eco)
- Transmetropolitan 52 a 60
- Qualquer encadernação - ou série de singles - do primeiro volume de The Invisibles (exceto Say You Want a Revolution).

Obviamente, aceito outras propostas.
Sophisticated Internet users are turning to a new approach. Instead of trying to block spam while allowing everything else, these users employ software that blocks everything except messages from already known, accepted senders. These systems, called "whitelists," change e-mail from an open system to a closed one.

18.11.02

Terminei O Livro das Cousas que Acontecem, do Daniel Pellizzari. Bem melhor que Ovelhas que Voam se Perdem no Céu, por ter uma unidade maior. Além disso, eu gosto muito de forteanas, que aparecem em todas as histórias.

O título é totalmente adequado. Todas as bizarrias simplesmente acontecem, sem maiores explicações ou qualquer cerimônia. As ilustrações - de autoria do Luiz Pellizzari - também estão coladinhas ao espírito dos contos, com criaturas estranhas que combinam dois ou mais animais.

Disse quando li Ovelhas e repito agora: Pellizzari é o melhor desses "novos escritores". Se alguém quer me convencer do contrário, terei prazer em ler as sugestões.

Enquanto isso, vou esperando o romance do cara e o livro novo do Daniel Galera.
Esse é o programa de tv mais estranho de todos. Pessoas contanto histórias improvisadas. Eu tenho que ver isso.
Está surgindo na Internet tupinambá um movimento contra o sistema anti-cópias que a gravadora EMI vem usando em seus novos lançamentos de CD. Quem puxa a briga é Paulo Eduardo Neves, ativista da liberdade online e administrador do site Agenda do samba e choro. Promete dar no que falar ? e não lhe faltam argumentos.
Tava demorando: o brazileirapreta! é o blog recomendado pelo No Minimo.
Dia de Gibi Novo: Blood Mary

Desenterrei Bloody Mary (de Garth Ennis, com arte de Carlos Ezquerra) na casa de um amigo. Depois de ter lido - e lembrado de Gemini Blood e Cyberella - entendo perfeitamente porque a DC desistiu do seu selo de ficção científica (o Helix). O negócio é muito, muito ruim.

Bloody Mary conta a história de uma mercenária que fez parte de umas forças especiais aí e - sei lá por que - se veste de freira. Ela opera num cenário distópico clichê (guerra entre Europa e Inglaterra) e - como é típico de Ennis em seus piores momentos - enfrenta inimigos engraçadinhos, mas sem graça.

Apesar de todos esses defeitos, acho que o mais grave é justamente a falta de elementos de ficção científica na série. Apesar do futuro distópico (que não refletia nenhuma tendência da época que a série foi escrita), não há nenhuma reflexão sobre nada. Apesar de parecer fugir disso, Blood Mary é só uma história de super-heróis, com uniformes, super-poderes e todo o resto.

16.11.02

Sei que não é do interesse dos leitores do blog - parasitas que só querem links - mas hoje a Lobotomia Produções começou os trabalhos em seu segundo filme - o tal de ninja. Depois de uma reunião que definiu o plot e as cenas, fiquei com o trabalho de desenvolver as anotações em um roteiro. Até sábado que vem.

Também fui convidado para escrever fan fic no Universo Paralelo, mas especificamente o Super-Homem. Apesar de não gostar muito do personagem, tive uma idéia que acho que rende um caldo. Vamos ver se o editor aprova.

Se alguém quiser me pagar para escrever ficção, eu aceito baratinho.
Dá para entender o apelo de assinar um texto como alguém famoso - é a garantia que o negócio vai circular. Mas - na maior parte dos casos - é uma grande atrocidade contra o falso signatário. Esses textos costumam ser muito ruins, com aquele sentimentalismo barato e óbvio que tanto agrada a galera.
The Economist vs. Naomi Klein. Eu adoro esses combates!

15.11.02

Com o Urso? Lá no Nenezão? Caralho, isso vai dar merda. Era uma boa a gente passar por lá daqui a pouco, hein?
Cortázar, falando de Hemingway, que deu uma passadinha com Joyce na casa do Dylan Thomas. Isso em Adágio para Umbigos, uma das cousas que acontecem.
Depois de muito backspace, terminei a quarta parte de Girls as a Memetic Infection. Não sei bem quantas partes vai ter. Inicialmente eu pretendia cinso, mas já vi que não vai dar. A última parte está quase toda escrita, mas as coisas no caminho ainda estão confusas.



Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia

A Salon publicou um dos melhores textos que já li sobre as vantagens e desvantagens de cada suporte para os filmes.
A Time publicou um especial sobre as melhores invenções de 2002. É óbvio que nem todas vão sobreviver no mercado - ou mesmo aparecer nas preteleiras, mas elas dão uma boa amostra de como é viver no futuro.
Jessica Abel - autora de Artbabe - escreveu uma introdução às graphic novels para o Artbomb (onde Warren Ellis tem uma coluna).
Dia de Gibi Novo: Minds

Depois de ler o primeiro voulme de Cerebus - e me surpreender com a complexidade do trabalho de Dave Sim - fiquei curioso em ler mais. Queria ler os espisódios que se seguiam, mas como o único volume disponível para empreéstimos era o décimo, não tive opção além de ler Minds.

É muito estranho ler Minds sem ter idéia do que aconteceu com o oricterope nesse tempo todo. Principalmento por conta da história fazer referências a um monte de acontecimentos anteriores e girar - em grande parte - em torno da paixão do Cerebus por Jaka (uma dançarina que aparece no primeiro volume).

Não acontece muita coisa em Minds: na maior parte do tempo, Cerebus discute com um outro bicho estranho (que esqueci o nome) e depois com Dave Sim (que se manifesta como uma voz na cabeça do protagonista). Isso enquanto flutua em um bloco no espaço.

Sei lá quantas revelações a história faz, mas não tenho dúvidas que ela só funciona na versão encadernada. Esperar dois meses entre os capítulos para ver Cerebus contra um fundo preto com algumas bolinhas brancas por páginas e páginas me parece meio frustrante.
All heil Big Brother!

14.11.02

O A Tarde - o jornal no qual tenho uma coluna semana - começou a fechar áreas do seu conteúdo apenas para assinantes. Como resultado, não posso linkar para o que eu mesmo escrevi.
Tinha um vom tempo que eu esperava que Steve Johnson (autor de Cultura da Interface) começasse um blog. Pronto.
Isso é muito doente: uma tabela de pontos para assassinos.

13.11.02

Os estúdios de Haollywood criaram um serviço de distribuição online de filmes, o Movielink. Ao contrário do que parece fazer sentido, o serviço foi planejado para falir.
Uma ótima análise da resolução palhaça da ONU.

12.11.02

Alguns figurões de Hollywood estão criando sites reunindo roteiristas aspirantes que avaliam os roteiros uns dos outros. A idéia é que os melhores chamem a atenção dos estídios e sejam produzidos.

A idéia parece muito boa para todo mundo, mas tem uma falha enorme. Os roteiros que receberão as melhores notas provavelmente vão ser os que mais se parecem com os filmes já feitos. Isso é ótimo para os produtores - que descolam roteiros comerciais - mas ruim para quem tem idéias diferentes.

Com os preços dos equipamentos caindo (se esquecermos da tara pela película) e tanta gente que quer cuidar dos aspectos mais diversos da produção, não é muito mais jogo ir fazendo filmes?

(Se você não é cadastrado no New York Times, use leituras como usuário e dodia como senha.)
A cultura popular nunca esteve tão burra. Ou é só impressão nossa?
A Salon criou uma nova seção com histórias dos leitores sobre encontros online: Match made in heaven, match made in hell.
Eye Candy: The Art of Being a Redhead - A gallery of 19th-century British art

Esse vitorianos sabiam das coisas.
Desde algum dia da semana passada estou lendo O Livro das Cousas que Acontecem, do Daniel Pellizzari. Muito bom e - até agora - com muito mais unidade que o Ovelhas que Voam se Perdem no Céu (que era uma coletânea). Por alguma razão que estou com preguiça de explicar agora, as histórias estão me lembrando a Patrulha do Destino de Grant Morrison.

Não sei para você, mas para mim isso é muito bom. E eu juto que não tou ganhando nada dos caras para falar bem dos livros. Só os livros, mas se fosse assim, eu tinha falado bem do da Clarah Averbuck.
Dia de Gibi Novo: Planetary/JLA: Terra Oculta

Passei a maior parte do domingo na casa de um amigo. Entre uma conversa e outra, li um monte de coisas. Começando:

Terra Occulta era algo que estava curioso para ler há um bom tempo. Afinal, Planetary é fantástico e eu gosto quando escritores sem noção (o caso de Ellis) colocam as mãos na Liga da Justiça. A história é se passa em um mundo alternativo tanto à Liga quanto ao Planetary, onde a segunda equipe domina o mundo. Juntando dois seres super-poderosos (Diana Prince e Clark Kent), Bruce Wayne encontra a oportunidade de derrubar Elijah Snow e sua Planetary Corporation.

Como era de se esperar, a história é cheia de idéias interessantes - principalmente no tratamento dos poderes do Super-Homem e do cenário - e recupera um tema recorrente na obra de Ellis: quem manda no mundo? Infelizmente, algumas coisas têm cara de intervenção editorial, como os morcegos que aparecem no equipamento de Wayne quando a história não têm outros uniformes.

Edgar Allan Poe - o escritor americano - escreveu um poema com várias idéias sobre a origem e natureza do universo. Apesar da falta de uma série de conhecimentos necessários às conclusões, Eureka acertou em muita coisa.

(Se você não é cadastrado no New York Times, use leituras como usuário e dodia como senha.)
David Rees é o autor de Get Your War On, uma tira hilária sobre a retórica absurda da "guerra contra o terrorismo".
Tenho impressão de que essa é uma das maiores tragédias que pode acontecer com um homem. Principalmente perder o acontecimento em si. (Vá lendo até a tira do dia.)

11.11.02

Ghostzilla is a browser for surfing the Web when you don't want anyone to physically see what you are doing. It renders Web pages to look indistinguishable from your work screen. You make it disappear instantly with one move of your hand and bring it back with another. Ghostzilla can show Web pages discreetly within literally any application you work with.
Isso é fantástico. Pena que é totalmente inútil para quem trabalha em casa.
A Eletronic Arts e o Mc Donald's fizeram um acordo para que quiosques da rede de lanchonete apareçam no jogo The Sims Online. O jogo ainda nem chegou às lojas e já existem idéias de detournment dessa tentativa de publicidade.

9.11.02

India's Top Physicists Develop Plan To Get The Hell Out Of India
[Harry Potter]'s a glory hog who unfairly receives credit for the accomplishments of others and who skates through school by taking advantage of his inherited wealth and his establishment connections.
Já estou me arrependendo de ter assinado o Capitu.com. Quero linkar coisas aqui, mas não posso. Saco!
Acabo de fazer minha primeira assinatura de um site, o Capitu.com. Eu achava que ia ser a Salon, mas o livro de brinde fez com que me decidisse na hora. Escolhi Vidas Cegas.

8.11.02

Passei a quinta e a sexta - e pedaços de outros dias - lendo sobre Machado de Assis para minha coluna do A Tarde. Ando tremendamente insatisfeito com ela ultimamente. Nada contra os livros do vestibular, mas falar sobre eles contemplando os problemas dos leitores nas salas de aulas é muito difícil. E chato.

A única coisa que anda me animando com ela esses dias é a possibilidade que a versão expandida se mantenha depois das provas.
Entevistas que li hoje:
Simon Singh
Alan Moore

Dois franceses fizeram um remix do caso Sokal.
A Nasa encomendou um livro combatendo a tese conspiratória de que o projeto Apollo foi uma grande fraude. Eu nunca acreditei nessa história, mas eles estão reclamando demais para quem não tem culpa no cartório: provavelmente alguém tem provas de que tudo é uma farsa e - como medida preventiva - a agência espacial quer invalidar as acusações.

Ficar sem dormir me deixa paranóico.
Segundo pesquisa o Interney, esses são os blogs mais populares. Já sei quais eu vou tirar dos links conforme as lista for crescendo...
Mais um catálogo de blogs: o Blog-se. Vou me cadastrar, mas estou sem a mínima paciência de mexer no código de novo agora.
Têm algum tempo que eu estou lendo os blogs da dupla mais cool da literatura brasileira: Daniel Galera e Daniel Pellizzari - pais da Livros do Mal. Estava na hora de colocar aí do lado. Gorgomilhos & Perdigotos e kaliyuga blues.
Armchair Revolution

Plagiarism often carries a weight of negative connotations (particularly in the bureaucratic class); while the need for its use has increased over the century, plagiarism itself has been camouflaged in a new lexicon by those desiring to explore the practice as method and as a legitimized form of cultural discourse. Readymades, collage, found art or found text, intertexts, combines, detournment, and appropriation - all these terms represent explorations in plagiarism. Indeed, these terms are not perfectly synonymous, but they all intersect a set of meanings primary to the philosophy and activity of plagiarism. Philosophically, they all stand in opposition to essentialist doctrinesof the text: They all assume that no structure within a given text provides a universal and necessary meaning. No work of art or philosophy exhausts itself in itself alone, in its being-in-itself.
Trecho do quarto capítulo de Distúrbio Eletrônico, que trata de plágio, hipertextualidade e produção cultural eletrônica.

Achei a argumentação que é desenvolvida no capítulo muito interessante. Eles (o Critical Art Ensemble) conseguem "desculpar" o plágio e colocá-lo num contexto histórico e no momento cultural contemporâneo de maneira muito inteligente. Além disso, a forma que o grupo apresenta o plágio - como resistência cultural e maneira de tomar as ferramentas de produção intelectual - é brilhante. Só achei problemática a visão que eles têm da criação original, que é colocada - implicitamente - como inferior às recombinações.

Para quem não quer gastar seus tostões e não liga de queimar os olhos, o livro está disponível no site do CAE.

7.11.02

Eu tento não mencionar toda semana as colunas que leio toda semana, mas não dá para resistir: a Poplife desta semana fala de fazer quadrinhos, cinema e literatura (ou algo parecido). Matt Fraction is a man of action!
I could hardly even recognize the Winona Ryder who arrived at the Beverly Hills courtroom on Monday, two days before a jury of not-quite-her-peers found her guilty of grand theft and vandalism. Who was that overly made-up hussy, dressed to the nines in her beige outfit and matching accessories? That wasn't the Winona I fell in love with, the ghost-befriending clad-in-black proto-goth of "Beetlejuice"; the loner outcast high school girl and mass murderer of "Heathers."
Evan Dorkin, o demente que criou Milk & Cheese tem um blog.

5.11.02

Dia de Gibi Novo: A History of Violence

A History of Violence é parente de Road to Perdition: uma graphic novel de mistéria publicada pela semi-morta Paradoxx Press (um selo da DC Comics). Eu havia comprado o volume, escrito por John Wagner e ilustrado por Vince Locke há alguns meses, mas até hoje não tinha me animado a ler.

Li hoje em uma sentada e gostei bastante. Exatamente o tipo de coisa que parece feita para convencer os preconceituosos por aí que os quadrinhos prestam para alguma coisa. E sem muito trabalho: as páginas - que não inventam muito na diagramação - são muito fáceis de seguir e a história é melhor que qualquer filme policial que eu tenha visto em muito tempo.

O gibi conta a história de Tom McKeena, o dono de uma lanchonete numa cidade do interior dos EUA, que impede um assalto a sua loja, matando um dos assaltantes. Os jornalistas gostam da história e transformam Tom num true american hero, atraindo a atenção de alguns mafiosos de Nova York, procurando um homem que causou problemas vinte anos antes. A confusão de identidades causa uma série de problemas para Tom e sua família, sendo só o começo da história.

É uma pena que a DC parece ter desistido da idéia de romances de mistério em quadrinhos - e de toda Paradoxx Press. Há cinco anos, quando essas coisas foram publicadas, as hqs tinham um espaço muito menor que hoje nas livrarias americanas. Depois do sucesso de Road to Perdition - e da reedição da hq que originou o filme - seria bem interessante se a editora tentasse novamente atingir o público que não atingiu anos atrás.
Se eu fosse um filósofo moral, eu seria Kant. Ou - em outras palavras - eu concordo integralmente com as visões dele, segundo esse teste. Mó mal que o teste não dá p código para uma imagem e um nanoperfil do sujeito.
Esse é o melhor brinquedo de todos!

4.11.02

Eye Candy: Além de escrever muito bem, Richard Kadrey é artista plástico.
Parece que os monotrilhos não são tão ridículos como Os Simpsons tentaram me convencer.

Esta foi a fórmula usada para determinar qual é a frase mais sexy de todas. O resultado é surpreendente.
Japan wonders why the birth rate has plummeted. There are theories ranging from the fact that women aren't given painkillers during birth to the fact that women are waiting longer to get married. But the real reason women are not having babies is much simpler: This generation has grown up with Hello Kitty.
Coisa rara: uma entrevista com Woody Allen.
Em algum ponto da semana passada, terminei de ler Húmus do Paulo Bullar - o primeiro dos Livros do Mal por um autor de fora do Rio Grande do Sul (baiano, aliás).

Apesar de alguns momentos mais interessantes, o livro é um tanto repetitivo. Ou, explicando melhor, os contos da selva estranha - que formam a maior parte do livro - não me apelaram em nada. As histórias que mudam de cenários são bem mais interessantes, apesar de continuarem um tanto escatológicas. As histórias urbanas obrigam Bullar a deixar de lado certos vícios bem marcantes nas histórias da selva.

Acho que o maior defeito do livro é a falta de sutileza ao retratar o mundo cão das histórias. Algumas situações são bem pensadas e montadas, mas dá para sentir o peso da mão do autor.
Gotta catch them all!
Essa tipologia dos blogueiros é muito engraçada. Que tipo vocêr é? Sem dúvida nenhuma, eu sou um blinker. Roubado do Pedro Dória.
Certas coisas muito importantes exigem uma breve fuga da linha editorial deste blog. Monica Bellucci no pôster de Matrix Reloaded é uma delas.
Meu Deus!

2.11.02

Saco!
007 is the bastard son of Dorian Gray, blessed with a license to kill and a refusal to die, doomed to stay fit and chipper while his earlier selves gradually thicken and molder in the attic.
Toda vez que lançam um filme do James Bond é isso: gente falando do fascínio do personagem, do autor e todo o resto. E eu lendo tudo. 007 é o que há.
Escritores são um porre e falam uma língua bastante particular, mas às vezes é divertido escrever sobre eles. Reúni as três partes de Pulp Hack em um negócio que pretende ser impresso. Se você quer uma cópia, me escreva com seu endereço postal.

As pessoas que pediram o segundo número do Aoristo receberam - ou devem receber até terça - um envelope que também tem Pulp Hack. Se você pediu e não receber até lá, me avise - e mande seu endereço de novo.

Os três zines estão disponíveis na rede, corrigidos e iguais as versões distribuídas.
Chegaram aqui procurando:
mensagens dia do professor; dogfuckers; blogchalk Portuguese; Miracleman; dirigivel - jornal o dia; O Cheiro do Ralo; memefeeder; desenhos de gatos; spider jerusalem glasses; dogfuckers; grande gatsby; penis; blade runner; apollo and midnigther; salvia divinorum; Thomsa Edison; Paulo Bullar; história índia; bey blade; história em quadrinhos com Thomas Edison; ellis kadrey; analise blade runner; vagas whores; dia da ciência; blogchalk salvador; Livro sobre nada; resenha filme a hora da estrela; lista dos filmes começados por American; filme máquina do tempo downloading; deuses americanos gratis
Parece que o blogchalk (Google! DayPop! This is my blogchalk: Portuguese, Brazil, Salvador, Pituba, Rodolfo, Male, 21-25) continua dando resultados discretos.
Umas das muitas coisas duvidosas que me fascinam é a existência - ou possibilidade de existência - de fantasmas. Eu queria muito encontrar um, ou acompanhar um grupo de "encanadores espirituais" em alguma expedição.

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1.11.02

Jogo da 1ª divisão em Madagáscar termina 149 a 0
Segundo fãs mais velhos, os cinéfilos de hoje não entendem nada de cinema, são preguiçosos e desprezam os mestres de outrora. É verdade ou só aconteceu uma mudança de gosto?